sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

“Uma escola que não ensina a assistir à televisão é uma escola que não educa” Joan Ferres (1996)

Actualmente encontramo-nos na era da informação, do conhecimento e acima de tudo das novas tecnologias. À criança é apresentada uma multiplicidade de fontes de aprendizagem, de conhecimento, quer seja através dos livros cada vez mais apelativos; da internet, indiscutível meio tecnológico; ou através da televisão!
Esta última, tem vindo a sofrer ao longo dos anos importantes e significativas mudanças no que concerne à grelha destinada ao público infanto-juvenil.
São cada vez mais os desenhos animados, séries e programas infantis que se pautam por ter mais qualidade, pensada especialmente para este público.
Ora, se este meio de comunicação é tão rico em aprendizagens, porque não aproveita a escola este recurso? É certo que a televisão não é bem vista entre pais e educadores, “diabolizando” a televisão, e não reconhecendo o seu potencial.
É certo que nem todos os conteúdos apresentados na TV se podem considerar de qualidade, mas cabe ao professor transformá-la num objecto de aprendizagem, levando a criança a reflectir sobre o que vê, alterando a relação pedagógica, levando a um aprender colectivo.  
É pois importante perceber que a televisão pode ajudar ao desenvolvimento da literacia, pois através de textos em voz off, previamente gravados, e por isso de qualidade acrescida, ou através dos telejornais, documentários, desenhos animados, a criança vai tendo contacto com a linguagem escrita, imprescindivelmente acompanhado de áudio e imagem, o que torna a aprendizagem muito mais rica e descontraída.

Photostory… uma poderosa ferramenta

Com o início da Web 2.0 muitos produtos e softwares informáticos se desenvolveram. Será um engano pensar que estes softwares não se encontram ao alcance de todos, tendo nós de gastar dispendiosas quantias de dinheiro para podermos contactar de perto com estes instrumentos.
Nos dias que correm, professores, educadores ou simples cidadãos com acesso à internet podem utilizar este tipo de ferramenta para seu proveito.
Um modelo bem conseguido, e aproveitado pela escola, é o Photostory, um programa de simples utilização que permite criar vídeos e, consequentemente, novas formas de ensino-aprendizagem.
A título de exemplo, criei o vídeo “Vamos aprender a fazer vinho” , que, na minha opinião, mostra uma forma simples e eficaz de dar a conhecer à criança vários conceitos novos, tais como aprender o processo através do qual se faz o vinho, novos vocábulos relacionados com o tema, desenvolvimento da literacia digital, compreensão de textos de variadas natureza.
Não obstante, este vídeo pode ser também o ponto de partida para iniciar actividades que fomentem a língua portuguesa. A turma poderá visionar o vídeo sem som e legendas, tentando depois criar a narração para a história; pode ainda ser projectado o vídeo, desta feita sem obedecer à estrutura correcta, tendo o grupo que criar no Photostory o vídeo certo, adicionando as suas legendas e narração!
Este filme e respectivas sugestões de actividades, podem ser dirigidas para crianças entre os 6 e os 8 anos, isto é, para o 1º Ciclo do Ensino Básico.


Filme: Vamos aprender a fazer vinho

Saber interactivo

É certo que nos encontramos na era do progresso tecnológico, em que tudo se encontra à distância de um clique! Todavia, este mundo global em que vivemos pode se constituir como uma ameaça para os pequenos cibernautas.
Não obstante, existem também nesta rede de informação, recursos que podem ser utilizados muitas vezes em prol do conhecimento e do saber! São recursos online que se constituem como verdadeiras ferramentas a ser aproveitadas por crianças, pais e educadores, na construção de um ensino mais lúdico.
Desta forma, aconselho o site da Biblioteca de Livros Digital, um espaço apoiado pelo Ministério da Educação, em que a criança pode encontrar inúmeros livros aprovados pelo Plano Nacional de Leitura e depositar também trabalhos relacionados com os mesmos.
Tal como sugere a Biblioteca, esta é uma área que ajuda melhorar as competências de leitura e escrita, essencial para um pleno exercício do uso da língua.
O site encontra-se dividido consoante faixas etárias, que vão desde os 3 aos 16 anos, podendo o jovem leitor, não só percorrer todos os livros disponíveis, mas também redigir um final para cada história, como é proposto em cada livro.
É de salientar que, para a criança ainda não leitora, existe ainda a opção de ouvir contar a história, o que ajuda também no desenvolvimento da literacia.

A leitura torna o homem completo;
 a conversação torna-o ágil;
 e o escrever dá-lhe precisão.
Francis Bacon

Nota: Para aceder ao site da Biblioteca Digital clique aqui



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